Escrito por Ana Lieby,
acadêmica do curso de Gastronomia, na Universidade Federal do Ceará.
A restrição alimentar é muitas vezes utilizada no controle de peso o
que, sendo feita inapropriadamente, resulta em déficit de nutrientes e calorias
necessárias para o organismo.
A restrição não se resume somente
a isso. Muitas pessoas não conseguem digerir algumas substâncias e precisam
tirá-las da sua alimentação, tomando cuidado para que isso não resulte na falta
de outras. Como no caso do leite. Cerca de 25% dos brasileiros são pessoas
intolerantes à lactose ou seja, não podem consumir o glicídio lactose, um açúcar
que se encontra no leite, devendo cortá-lo da sua alimentação. Mas é sabido que
o leite é uma das maiores fontes de cálcio da nossa alimentação; então, essas
pessoas precisam procurar adquiri-lo de outro modo, por outros alimentos; balanceando
bem sua alimentação.
Há diversos tipos de restrições
alimentares e diversas doenças que as causam. Falaremos hoje sobre a diverticulite.
A diverticulite é constituída por bolsas e quistos pequenos e
salientes da parede interna do intestino – diverticulose – que ficam inflamados
ou infectados. Esses quistos costumam ser encontrados no intestino grosso,
cólon. É causada por pequenos pedaços de fezes que ficam presas nesses quistos,
provocando a infecção ou inflamação.
Os sintomas se caracterizam por
fortes dores abdominais, alteração do hábito intestinal e febre. Nos
quadros mais graves pode ocorrer a obstrução intestinal ou até mesmo a
perfuração do divertículo. Os casos mais brandos podem ser tratados com antibióticos,
orientação alimentar e analgésicos. Nos casos mais graves, o tratamento
cirúrgico pode ser a melhor opção, retirando-se a parte do intestino que ficou
mais afetada.
Não se sabe exatamente o que
causa a formação dessas bolsas ou quistos de diverticulose. Seguir uma dieta
pobre em fibras é uma das causas mais prováveis. Dietas que ajudem na constipação,
como alimentos processados ou muito ricos em gorduras e carboidratos são
grandes colaboradores para isso.
A dieta da pessoa que tem
diverticulite baseia-se no consumo de fibras e líquidos, principalmente água –
que ajuda na formação do bolo fecal – como espinafre, agrião, acelga, alface, cenoura,
berinjela, cebola, brócolis, couve-flor, cereais integrais, maçã, laranja,
pera, ameixa, banana; além de algumas restrições, como feijões e
ervilhas, grãos não refinados, coco, milho ou pipoca, frutas secas, cascas de
legumes e frutas, tomates, morangos, picles e pepinos, café, chá ou bebidas
alcoólicas.
Abaixo, um vídeo com um pouco mais sobre fibras:
Vale lembrar que essa dieta
ajudará para que a pessoa que contém a doença não volte a ter crises; ou seja,
caberá a ela reeducar sua alimentação e seguir a dieta médica, assim como toda
restrição alimentar deve ser.
Fontes:
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/diverticulite
http://drauziovarella.com.br/letras/d/diverticulite/
http://drauziovarella.com.br/envelhecimento/diverticulitediverticulose/
http://www.tuasaude.com/o-que-nao-comer-na-diverticulite/
Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos - Reader's Digest
http://bibliotecademedicina.com.br/blognutricao/?p=3217
http://pt.wikipedia.org/wiki/Diverticulite
Vale lembrar que a Prescrição Dietoterápica do Nutricionista depende da fase em que se encontra a doença: pré ou pós operatório, prevenção e diminuição dos sintomas. Parabéns pelo incentivo ao consumo de frutas e ingestão de água!
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