segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Restrições alimentares: diverticulite

Escrito por Ana Lieby, 
acadêmica do curso de Gastronomia, na Universidade Federal do Ceará.

A restrição alimentar é muitas vezes utilizada no controle de peso o que, sendo feita inapropriadamente, resulta em déficit de nutrientes e calorias necessárias para o organismo.


A restrição não se resume somente a isso. Muitas pessoas não conseguem digerir algumas substâncias e precisam tirá-las da sua alimentação, tomando cuidado para que isso não resulte na falta de outras. Como no caso do leite. Cerca de 25% dos brasileiros são pessoas intolerantes à lactose ou seja, não podem consumir o glicídio lactose, um açúcar que se encontra no leite, devendo cortá-lo da sua alimentação. Mas é sabido que o leite é uma das maiores fontes de cálcio da nossa alimentação; então, essas pessoas precisam procurar adquiri-lo de outro modo, por outros alimentos; balanceando bem sua alimentação.


Há diversos tipos de restrições alimentares e diversas doenças que as causam. Falaremos hoje sobre a diverticulite.

A diverticulite é constituída por bolsas e quistos pequenos e salientes da parede interna do intestino – diverticulose – que ficam inflamados ou infectados. Esses quistos costumam ser encontrados no intestino grosso, cólon. É causada por pequenos pedaços de fezes que ficam presas nesses quistos, provocando a infecção ou inflamação.

Os sintomas se caracterizam por fortes dores abdominais, alteração do hábito intestinal e febre. Nos quadros mais graves pode ocorrer a obstrução intestinal ou até mesmo a perfuração do divertículo. Os casos mais brandos podem ser tratados com antibióticos, orientação alimentar e analgésicos. Nos casos mais graves, o tratamento cirúrgico pode ser a melhor opção, retirando-se a parte do intestino que ficou mais afetada.

Não se sabe exatamente o que causa a formação dessas bolsas ou quistos de diverticulose. Seguir uma dieta pobre em fibras é uma das causas mais prováveis. Dietas que ajudem na constipação, como alimentos processados ou muito ricos em gorduras e carboidratos são grandes colaboradores para isso.


A dieta da pessoa que tem diverticulite baseia-se no consumo de fibras e líquidosprincipalmente água – que ajuda na formação do bolo fecal – como espinafre, agrião, acelga, alface, cenoura, berinjela, cebola, brócolis, couve-flor, cereais integrais, maçã, laranja, pera, ameixa, banana; além de algumas restrições, como feijões e ervilhas, grãos não refinados, coco, milho ou pipoca, frutas secas, cascas de legumes e frutas, tomates, morangos, picles e pepinos, café, chá ou bebidas alcoólicas.

Abaixo, um vídeo com um pouco mais sobre fibras:


Vale lembrar que essa dieta ajudará para que a pessoa que contém a doença não volte a ter crises; ou seja, caberá a ela reeducar sua alimentação e seguir a dieta médica, assim como toda restrição alimentar deve ser.


Fontes:
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/diverticulite
http://drauziovarella.com.br/letras/d/diverticulite/
http://drauziovarella.com.br/envelhecimento/diverticulitediverticulose/
http://www.tuasaude.com/o-que-nao-comer-na-diverticulite/
Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos - Reader's Digest
http://bibliotecademedicina.com.br/blognutricao/?p=3217
http://pt.wikipedia.org/wiki/Diverticulite

Um comentário:

  1. Vale lembrar que a Prescrição Dietoterápica do Nutricionista depende da fase em que se encontra a doença: pré ou pós operatório, prevenção e diminuição dos sintomas. Parabéns pelo incentivo ao consumo de frutas e ingestão de água!

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