sexta-feira, 30 de maio de 2014

Entendendo um pouco mais sobre os melhores chocolates do mundo!

Escrito por Danuza Lima, acadêmica de Gastronomia na Universidade Federal do Ceará.


Ele pode ser calórico e provocar espinhas, mas encontrar alguém que diga não a um chocolate sem demonstrar tristeza é coisa rara.
Existem numerosos fatores que influenciam a qualidade e o sabor do chocolate, tais como: a escolha da variedade genética do cacau, o clima e as condições do solo onde é cultivado, bem como as técnicas de fabricação empregadas. O desenvolvimento do sabor do chocolate começa já na etapa de fermentação dos grãos.


O que os melhores chocolates têm em comum:

São produzidos com as melhores sementes de cacau. Os grãos vêm de países como, Equador e São Tomé e Príncipe. A massa do cacau responde por 70% da receita. Eles primam pela criatividade: são produzidos com novas texturas e recheios raros.

BELGA

Em sua fabricação, o cacau em amêndoas são triturados e misturados com açúcar e manteiga. Em seguida, há uma suave adição de calor (têmpera). Empresas  de chocolate belga recebem seus chocolates em caminhões- tanques aquecido logo após o processo de têmpera. Porque o chocolate não esfriou, ele retém muito mais do aroma.
Marca preferida: Pierre Marcolini

Encontrado aqui!



SUÍÇO

Na Suíça, houve o surgimento do chocolate ao leite. O leite com o qual é fabricado possui uma qualidade superior. Os suíços desenvolveram uma técnica de refinaria. A massa das sementes de cacau passa por muitas horas entre os rolos cilíndricos de porcelana, produzindo um chocolate sedoso, que derrete na boca!
Porém, o chocolate é derretido a 37ºC, o que impede sua ampla comercialização no Brasil.
Marca preferida: Lindt
Encontrada: em supermercados do mundo todo.


FRANCÊS

É proibido o uso de qualquer vegetal ou gordura animal no chocolate. Pode ser utilizada apenas a pura manteiga de cacau. A França possui a maior variedade de sabores originais  e de alta qualidade. Os melhores bombons de chocolate francês possuem até 80% de licor de cacau escuro.
Marca preferida:  La Maison Du Chocolat
Encontrada: em lojas próprias sediadas em Paris, Londres e Nova York.


Para maiores informações:

http://www.crq4.org.br/?p=texto.php&c=quimica_viva__a_quimica_do_chocolate_
http://veja.abril.com.br/280307/p_112.shtml

BRAZI C. ; O Melhor Livro De Chocolate Do Mundo, Casa das Letras, 2012





quarta-feira, 28 de maio de 2014

Brigadeiro, patrimônio nacional


Escrito por Aline Caetano,
acadêmica de Gastronomia na Universidade Federal do Ceará.

O Brigadeiro é um doce genuinamente brasileiro e está presente em todas as festas. Também chamado de “negrinho”, na região sul do país e de trufa brasileira por outros países, o doce foi criado por volta dos anos 1940 e sofreu poucas modificações de sua receita original.

Os ingredientes principais do brigadeiro são o leite condensado, achocolatado, manteiga e chocolate granulado para a cobertura. E por ser um doce tão popular da mesa brasileira, o brigadeiro acaba ganhando diversas versões além do tradicional formato de bola, como o brigadeiro de colher, servido em copinhos, com vários sabores além do chocolate e a mais nova moda, o brigadeiro gourmet, que preza pela qualidade dos ingredientes utilizados.



A origem do nome brigadeiro é uma homenagem ao Brigadeiro Eduardo Gomes. Logo após a queda de Getúlio Vargas, o brigadeiro se candidatou à presidência da República. Por ser um homem de boa aparência, o candidato conquistou um grupo de mulheres que organizavam festas para arrecadar fundos de campanha.

O doce foi criado durante a primeira campanha de Eduardo Gomes e era feito com leite, ovos, chocolate, manteiga e açúcar. Os doces eram vendidos nas festas organizadas pelos correligionários. Outras versões contam que o doce foi inventado por Heloísa Nabuco, socialight carioca, cuja família apoiava o brigadeiro, e por esse motivo resolveu dar ao doce a patente de Eduardo Gomes.

Foto de Campanha

 As festas de Eduardo Gomes eram muito disputadas e logo todos convidavam os amigos para comer o “docinho do brigadeiro”. Com o tempo, o nome foi dado ao doce, que sofreu modificações, com o uso do leite condensado. Eduardo Gomes perdeu as eleições para Gaspar Dutra, mas será eternamente lembrado pelo doce que carrega o seu nome.    


Fudge Ball x Brigadeiro


Fudge balls são docinhos semelhantes ao brigadeiro brasileiro. De origem estadunidense, o doce é uma reinivenção do tradicional fudge. O fudge original é um doce feito com leite, açúcar e manteiga e sua origem data desde o fim do século XIX.  

O primo americano do brigadeiro muitas vezes é erroneamente confundido em filmes e séries de tv. Fudge balls não são brigadeiros. Apesar dos doces serem a base de chocolate, o doce brasileiro é bem mais doce e cremoso que a bolinha dos Estados Unidos. Por conta do leite condensado, o brigadeiro do Brasil  tem uma textura bem mais semelhante com um caramelo. Já o diferencial das fudge ball, é a formação de cristais de açúcar. Essa cristalização garante um doce com textura mais firme, mas ainda suave e os cristais são tão pequenos que não é possível sentí-los, ou seja, o doce não fica com um aspecto granuloso.

Fudge balls
O brigadeiro é um doce cheio de possibilidades e história. O doce está ganhando cada vez mais espaço no mundo gastronômico e sendo reinventado a cada dia, com novos ingredientes e formatos e tendências, como os brigadeiros gourmet.  Não importa de que forma seja apresentado, o brigadeiro sempre será preferência nacional,

Bibliografia:

MOTTER, Juliana. O livro do Brigadeiro. Panda Books: São Paulo, 2010.

http://www.wisegeek.com/what-is-the-history-of-fudge.htm
http://revistalingua.uol.com.br/textos/78/o-doce-enigma-do-brigadeiro-255322-1.asp
http://www.historiadigital.org/curiosidades/a-origem-historica-do-doce-de-brigadeiro/


sábado, 24 de maio de 2014

1ª EXPO BEER Ceará

Escrito por Clébio Júnior, 
Acadêmico de Gastronomia da Universidade Federal do Ceará

Quem gosta de uma cervejinha gelada não pode perder...


Para os amantes de cerveja e para quem gosta de apreciar a bebida, acontece no dia 29/05/2013 a 1º EXPO BEER CEARÁ, realizada no La Maison Buffet.

O evento apresenta 21 cervejarias nacionais e internacionais e palestras sobre o processo de fabricação e harmonizações com diferentes pratos.



Local de venda do ingresso: Loja Grand Cru – Avenida Senador Virgilio Távora, 665- Loja 1.
Funcionamento: 10 horas às 21 horas, de segunda a sábado.
Valor do ingresso: R$ 90,00. Forma de pagamento: Dinheiro

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Tomate: Classificação geral e tipos

Amanda Criste Nobre Maia
Ana Lieby Costa
Paula Regina Sousa, acadêmicas de Gastronomia na Universidade Federal do Ceará.

Proveniente da América do Sul, o tomate (Solanum lycopersicum) chegou à Europa entre os séculos XV e XVI, porém por muito tempo foi cultivado apenas para decoração de mesas, pois se acreditava que o mesmo era venenoso. Atualmente o tomate é consumido em todo o mundo e é amplamente utilizado nas Cozinhas da Europa, do Oriente Médio, da América do Sul, dentre outras.

Um dos primeiros nomes atribuídos ao tomate era “‘maçã do amor’, pommes damour em francês, talvez por sua reputação como afrodisíaco. E possível que as variedades antigas fossem mais alaranjadas, daí a corruptela italiana pomodoro ‘maçã dourada’, ou pomi di Mori, ‘maçã mourisca’, refletindo a rota para a Europa via Espanha” (WRIGHT e TREUILLE, 1997: 178).

Embora caracterizado botanicamente como uma baga e, por conseguinte, um fruto, o tomate é classificado usualmente como um vegetal. Existem aproximadamente 7500 variedades de tomates cultivadas - o que indica uma quantidade quase infinita de formatos, cores e tamanhos - as quais são utilizadas para as mais distintas preparações.

O tomate pode ser consumido verde ou maduro. Segundo Kövesi [et. al.] 2007, os tipos mais comuns são Carmem, caqui, pêra (ou italiano), Débora (tomate comum) e cereja. Na hora de comprar deve-se escolher os tomates firmes e brilhantes, sem manchas, machucados ou partes emboloradas.

A produção de tomates no Brasil está entre as dez maiores do mundo, sendo o estado de Goiás o maior produtor nacional. Dentre os tomates consumidos, os mais comuns são:

Tomate Cereja: é o mais utilizado como tira gosto e na decoração de pratos e pode ser encontrado nas cores vermelho, laranja e amarelo. O diferencial, além do tamanho reduzido, está no sabor que é adocicado.

                                   

Tomate Santa Cruz- é o mais indicado na preparação de molhos pois possui mais polpa e pouca acidez. É bastante usado para fazer tomates secos. Seu formato é alongado. Os tomates mais comuns desse grupo são os italianos e o débora.


Tomate Carmem- é um fruto modificado para que tenha mais tempo de prateleira, por isso seu sabor é mais aguado. São mais utilizados em saladas e é o mais comum de se encontrar nos supermercados.


Tomate Caqui- é ideal para consumir ao natural e é o mais indicado na preparação de saladas. É conhecido por ser grande e crocante, tem um sabor e cor fortes.


Tomate Momotaro- de origem japonesa, é considerado um tomate gourmet, pois tem o sabor levemente adocicado. Possui coloração rosada e vários gomos. Seu preço é mais elevado devido a produção que é limitada. 


Tomate Sweet Grape- É uma variação do tomate cereja. Além de ter sabor bastante adocicado, é o seu formato que chama atenção já que é bastante parecido com uma uva. É utilizado em saladas e aperitivos. 
                                


O tomate pode ser consumido cru, assado, grelhado ou cozido com pele, entretanto quando se trata de preparações como caldos, sopas, cozidos e molhos, ou de cozinhas mais requintadas, os tomates geralmente são sem pele, sem sementes e picados.


Referências Bibliográficas:
KÖVESI, B.; SIFFERT, C.; CREMA, C.; MARTINOLI, G. 400g. São Paulo: Companhia Editorial Nacional, 2007.

THE CHEFS OF LE CORDON BLEU. Le Cordon Bleu Cuisine foundations. United States of America: Delmar Cengage Learning: 2011.

WRIGHT, J.; TREUILLE, E. Le cordon bleu: todas as técnicas culinárias. São Paulo: Marco Zero, 1997.

Sites consultados:



Tomate: Cortes e preparações

Despelar o tomate é tarefa simples, basta seguir alguns passos. Retirar a haste do tomate. Colocar em água fervente. Deixar na água até que a pele começa a soltar. Remover imediatamente. Colocar em uma água gelada, retirar em seguida e puxar a pele.

(Imagem 1: Como retirar a pele de tomate)

Os tomates podem aparecer em preparações como elementos coadjuvantes, como em algumas saladas e massas; ou como elemento principal – em quiches, sucos, tomates recheados, tomates secos, e até mesmo, sanduíches.

Quando se fala de tomate é quase impossível não pensar em Molho de tomate. Molho ou Extrato? Qual é o certo? Há alguma diferença? Na verdade há!

Extrato é o mais concentrado e não tem condimentos, além de sal e açúcar. Ele é próprio para a preparação de molhos caseiros com pedaços de tomate ou para dar consistência ou cor ao prato.

Já os Molhos são ideais para economizar tempo na cozinha. Não precisam de diluição e são feitos a partir da polpa concentrada de tomate, levando consigo uma base de óleo e cebola refogados e alguns temperos adicionais.

Lembrando que não é todo tipo de tomate que é indicado para fazer tais molhos e extratos. Os melhores são aqueles de consistência mais firme e com tempo de vida maior, como o Débora.

E os cortes de cada tomate em cada preparação? Quais são? No que influem? O guia de fundamentos culinários Le Cordon Bleu Cuisine Foundations (2011) traz seis tipos clássicos de cortes de tomates. São eles:


Brunoise: Pequenos cubos precisos de 3mm, obtidos por meio de corte ao redor do tomate, seguindo sua forma, em lâminas finas, em seguida cortando as lâminas em tiras finas e cortando as tiras em pequenos cubos. O tomate com este corte é frequentemente usado como elemento aromático de algumas preparações, molhos, recheio de carnes, sopas ou servidos diretamente no prato (p.44-45).

                                            
(Imagem 2: Brunoise)


Concasée: É o corte mais conhecido e o mais empregado com o tomate. Consiste em retirar a pele, as sementes e picá-lo em cubos, irregularmente. Com esse corte o tomate pode ser utilizado em preparações de molhos e preparações cozidas (p.51).


(Imagem 3: Concasée)


Dès: Corte em formato de “dado”. Seguindo o formato do tomate, retirar toda a “carne” exterior, aparar o excesso deixando-a com formato de quadrado, cortar em tiras e em seguida cortar novamente, formando quadrados perfeitos (mesma largura e comprimento). O tomate com este corte é bastante utilizado em sopas, saladas, preparações de peixes e aves (p.52).

(Imagem 4: Dès)

Emondée: Após despelar o tomate, corte-o ao meio, aperte delicadamente, para soltar as sementes e liberar o excesso de líquido (p. 114-115). Este corte possibilita o recheio do tomate bem como seu uso ornamental.

 (Imagem 5: Emondée)


Julienne: Após despelar o tomate, corte-o em finas fatias, seguindo a curvatura natural do mesmo. Continuar retirando as fatias finas até sobrar apenas o núcleo e as sementes. Apare as pontas arredondadas das fatias. Corte as fatias em sentido longitudinal (p. 116). 


(Imagem 6: Julienne)


Vidée: Após remoção da haste, corte o tomate ao meio (Se necessário corte o fundo e a parte superior para evitar que o tomate escorregue). Use um boleador para retirar as sementes e as nervuras interiores do tomate. Polvilhe o interior do tomate com sal e deixe secar de cabeça para baixo, em papel toalha, para escorrer todo o excesso de líquido (p. 115-116). Empregado para preparo de tomates recheados, principalmente. 

(Imagem 7: Vidée)

Além dos cortes clássicos supracitados, temse também o corte em rodelas, que pode ser feito com pele e sementes ou sem pele e sem semente. Em posição horizontal, faça cortes paralelos ao longo do tomate. Tal corte é comumente utilizado no Brasil para o preparo de saladas e pizzas.


(Imagem 8: Rodelas)

Bibliografia:
KÖVESI, B.; SIFFERT, C.; CREMA, C.; MARTINOLI, G. 400g. São Paulo: Companhia Editorial Nacional, 2007.

THE CHEFS OF LE CORDON BLEU. Le Cordon Bleu Cuisine foundations. United States of America: Delmar Cengage Learning: 2011.

WRIGHT, J.; TREUILLE, E. Le cordon bleu: todas as técnicas culinárias. São Paulo: Marco Zero, 1997.

Sites consultados:

http://mdemulher.abril.com.br/culinaria/reportagem/be-a-ba-da-cozinha/tomates-conheca-diferentes-tipos-aprenda-receitas-638246.shtml (Acesso em 15/05/2014 às 19:38hrs)



http://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI224282-18069,00-FESTA+DOS+TOMATES.html (Acesso em 15/052014 às 19:15hrs)

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Ervas e Temperos

 Escrito por Thaís Bezerra, acadêmica de Gastronomia da Universidade Federal do Ceará


As ervas ou plantas herbáceas são plantas de caule macio ou maleável,rasteiro, sem a presença de lignina que é uma macromolécula que confere a rigidez de sua superfície. Normalmente de pequenas dimensões, cujas folhas e outras partes verdes soltam aromas que as tornam muito utilizadas no preparo de diferentes pratos. Também possui outros usos domésticos e industriais. A hortelã, em suas diversas variações, como a  hortelã-pimenta, além de ser utilizada como tempero de pratos salgados, é também consumida para aromatizar o chás.

Normalmente na cozinha as ervas são utilizadas frescas, mas são também comercializadas secas, embora percam algumas de suas propriedades. No entanto, para manterem a sua originalidade, as ervas só devem ser adicionadas aos alimentos no fim da sua preparação, uma vez que o calor prejudica-as.
Exemplo de ERVAS:

• Alecrim: de aroma fresco, que lembro o pinho, dá um sabor especial às aves, aos molhos e sopas de tomate, frutos do mar, carnes, patês, berinjela, batatas, couve-flor, pães, sucos e saladas de frutas. Ótimo no churrasco quando salpicado sobre o carvão.



• Cebolinha Verde: Muito usado em omeletes, molho vinagrete e molhos à base de creme de leite para peixes. Ótimo também em patês de ricota, queijo cremoso, sopas e saladas.


 • Coentro (em grãos ou moído): A semente inteira é usada no preparo de ponches, picles, doces e no café. Industrialmente, é utilizada na produção de salsichas, linguiças e mortadelas. Moído, é usado no tempero de peixes, carnes, aves, assados ou grelhados, molhos, sopas de feijão, lentilhas e legumes. Também muito utilizado em pratos da culinária baiana, destacando-se as moquecas e as caldeiradas de peixes e frutos do mar.

Quanto aos temperos ou especiarias são conjunto de condimentos, que são usados na culinária para proporcionar sabores diferentes nas comidas mais também eram, e ainda são, utilizadas na fabricação de cosméticos, óleos e medicamentos.
 São exemplos de temperos além da pimenta :
        
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·    Mostarda (em sementes ou moída): de sabor picante e aroma agradável, é usada na preparação de molhos para saladas e maioneses, carnes, aves, sopas, legumes e pratos com ovos e queijos.
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Noz Moscada (em grão ou moída): ideal para molho bechamel, carnes, legumes, sopas, no recheio de massas, bolos, biscoitos, tortas, waffles e em bebidas com leite quente ou gelado.





BIBLIOGRAFIA
Livros:

CHEF PROFISSIONAL DO SENAC
Ingredientes - Loukie Werle, Jill Cox

O GRANDE LIVRO DOS INGREDIENTES



segunda-feira, 19 de maio de 2014

O Nosso Coalho

 Escrito por Isaías Maciel, acadêmico de Gastronomia da Universidade Federal do Ceará

 O nome coalho deve ao uso de um grupamento de enzima presentes em animais como, cabritos, bezerros, etc. e que são utilizados para obtenção do queijo coalho.

No processo de fabricação do queijo é adicionado para coagulação do queijo o “coalho”, uma enzima denominada renina. A renina atua na precipitação do que depois será chamado de coalhada que retém a gordura. Sendo adicionado o sal na coalhada ela é colocada na prensa e sofrerá processo de maturação.

Típico do Nordeste brasileiro o queijo coalho é do tipo sabor suave que se harmoniza muito bem com vinhos brancos. Porém esse queijo não pára apenas nessa combinação queijo⁄vinho, ele faz parte de muitos hábitos alimentares dos nordestinos, por exemplo, tapioca com queijo coalho. O coalho luta juntamente com outros queijos nacionais pela valorização, desmistificando que a totalidade da qualidade cabe apenas aos queijos estrangeiros.

“Os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco são considerados os maiores produtores do queijo de coalho. O queijo é tipicamente consumido assado ou frito, em churrascos ou pratos típicos. Pode acompanhar o inhame, a macaxeira, o pão, o cuscuz, a pamonha, a goiabada e com o mel de engenho. Também é usado no recheio da tapioca e do pastel. Constitui presença obrigatória na mesa nordestina.”

O queijo de coalho de Jaguaribe se coloca como destaque de produto artesanal, desde a década de 1970, e têm atributos sensoriais que o tornam uma iguaria mais apreciada do que o produto industrial. De acordo com o francês Poulot (2009), essa apreciação é um indicativo de otimismo para produtores.


    Indicação de queijos coalho para consumo:

    O Jaguaribe e o queijo coalho da Laticínio Menbez (Morada Nova)


   Fontes para maiores informações:

Documentos 160 Queijo de Coalho do Jaguaribe: Sabor Perpetuado de uma Tradição Secular; ISSN 2179-8184 Outubro, 2013. EMBRAPA

   


                                                  

A Mineralidade e o frutado delicioso e outros toques da Sauvignon Blanc




Escrito por Isaías Maciel acadêmico de Gastronomia  da Universidade Federal do Ceará



O aroma mineral é a principal característica dos varietais produzidos com essa uva na França, os da Nova Zelândia tendem a ser frutados. Os vinhos feitos com o Sauvignon Blanc devem ser bebidos jovens, caracterizando-se pela acidez, e com uma cor que pode evoluir de amarelo-palha pálido ao dourado. Uma das exceções são os vinhos da região de Sauternes que podem ultrapassar 30 anos de guarda, por exemplo, o vinho Château d`Yquem 1996 com estimativa de guarda de 40 anos.


Sua origem é a França e é na região do Vale do Loire com o Sancerre (mais mineral) e o Pouilly-Fumé (mais aromático e frutado) e na região de Bordeaux em assemblage com a Sémillon e Muscadelle (Sauternes, Barsac etc.), que nascem os melhores vinhos franceses produzidos com essa uva. Esta casta, ao contrário da sua vizinha Pinot Noir, se dá bem em quase todas as regiões do mundo que lhe oferecem verões amenos e invernos frios. 

 No Velho Mundo o principal produtor é a França, destacam-se também o nordeste da Itália, a parte central da Espanha, Romênia e Moldávia. No Novo Mundo destacam-se principalmente os vinhos produzidos na Nova Zelândia (destaca-se o Vale de Marlborough), Chile (Vale de Casablanca), África do Sul (destacam-se o Mulderbosch, Steenberg, Neil Ellis e Springfield Estate), na Austrália (a evidente região no cultivo dessa uva é Adelaide Hills, entre os produtores confiáveis encontramos as vinícolas Shaw & Smith e The Lane), nos Estados Unidos destaca-se o Napa Valley, e entre outros. É na Nova Zelândia, principalmente em Marlborough que a Sauvignon Blanc tem conseguido desenvolver todas as suas sutilezas e personalidade fora do território francês. 
 Interessante destacar que é uma uva que, ao se adaptar aos mais diversos solos e climas produz os mais diversos vinhos.

Segundo Peter Wolffenbüttel do site Além do Vinho: " No Uruguai uma Sauvignon Blanc educada com aromas críticos, e mais mineral. No Chile uma explosão de lima-limão e acidez, às vezes desmedida. Na Nova Zelândia aromas forte de maracujá e um Sauvignon Blanc mais frutado que mineral."




Nomenclatura

1) Vinho Varietal: chama-se de vinho varietal quando um vinho é produzido com uma só variedade de uva ou com grande predominância de um mesmo tipo de uva. O objetivo é a valorização da casta. Exemplo: vinhos do Novo Mundo.
2) Vinhos de Assemblage: significa a mistura de duas ou mais uvas na produção do vinho. O objetivo da assemblage é captar os principais atributos de cada variedade de uva, combinando tipos, vinhedos, safras e condições de maturação. Exemplo: vinhos de Bordeaux.
3) Sémillon e Muscadelle: são castas de uvas brancas, sendo que a primeira é mais cultivada na França seguido pela Austrália e Estados Unidos; e a segunda casta é principalmente cultivada na Austrália seguido pela França e África do Sul.

Indicações

Isabel Estate Sauvignon Blanc (Nova Zelândia)
Nobilo Icon Sauvignon Blanc 2011 (Nova Zelândia)
Grove Mill Sauvignon Blanc 2011 (Nova Zelândia)
Aquarelle Sancerre Blanc (França) 
Château d`Yquem 1996 (Sauternes, França) – 95 pontos Robert Parker
Château d`Yquem 2001 375 ml (Sauternes, França) – 100 Wine Spectator e 100 pontos Robert Parker 
Casillero del Diablo 2013 da Concha y Toro (Chile)                                                                   Casa Marín Sauvignon Blanc Cipreses Vineyard (Chile)
Maycas Reserva Sauvignon Blanc 2011 (Chile) - 90 pontos Robert Parker e 91 pontos Descorchados
Sitios de Bodega Palacio de Menade Dulce Sauvignon Blanc 2010 (Espanha)
Miolo Reserva Sauvignon Blanc (Brasil)
Bueno Bellavista State Sauvignon Blanc 2012 (Brasil)
Klein Constantia Estate Sauvignon Blanc 2012 (África do Sul)
Namaqua Sauvignon Blanc (África do Sul)

Nota sobre a pontuação

Robert Parker: um dos principais críticos internacionais

Descorchados: Principal guia de vinhos da América Latina.    

Wine Spectator: uma das principais revistas que tratam sobre vinho.


Fontes:
http://alemdovinho.com/tag/sancerre/
http://www.menuespecial.com.br/blog/2009/07/o-que-e-vinho-varietal-e-assemblage/
ROBINSON, J. Como Degustar Vinhos. Editora Globo.
JOHNSON, H. & ROBINSON, J. Atlas Mundial do Vinho. 6ª edição.
PACHECO, A. de Oliveira. Iniciação à enologia. 5ª edição. Editora SENAC São Paulo.